“Guardar a paz no meio dos nossos erros é sinal de verdadeira humildade e abandono”. (P. Valentin-M. Breton).


“A vida não é um jogo da sorte, mas transcorre sob a guia da Divina Providência”.



Indo e vindo. Trevas e luz. Tudo é graça. Deus nos conduz.

CRATO-CE,

01 DE JANEIRO DE 2012. “Ó Mãe de Deus! A luz do mundo é seu filho abençoado. A Mãe de Deus, é minha mãe, é sua mãe que está ao lado”. (Ricardo Braga).

A solenidade de Maria Santíssima, Mãe de Deus, é a primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. Originariamente a festa nasceu para substituir o costume pagão das strenae (dádivas), cujos ritos não condiziam com a santidade das celebrações cristãs.

O Natal de Santa Maria começou a ser festejado em Roma no século quarto, provavelmente junto com a dedicação de uma das primeiras igrejas marianas de Roma: a de Santa Maria Antiga no Foro romano, ao sul do templo dos Castores. Sua liturgia estava ligada à do Natal. 

O dia primeiro de janeiro foi chamado de na oitava do Senhor. Lembrando o rito que se cumpriu oito dias após o nascimento de Jesus, proclamava-se o evangelho da circuncisão. A circuncisão dava nome também à festa que inaugurava o ano novo. A última reforma do calendário trouxe ao dia primeiro de janeiro a festa da maternidade divina. Desde 1931 essa festa era celebrada no dia onze de outubro, lembrando o Concílio de Éfeso (431) que proclamou solenemente uma das verdades mais queridas do povo cristão: Maria é verdadeira Mãe de Cristo, que é verdadeiro Filho de Deus.

Nestório teve a ousadia de declarar: “Porventura pode Deus ter uma mãe? Nesse caso não podemos condenar a mitologia grega, que atribui uma mãe aos deuses”. São Cirilo de Alexandria, porém, havia replicado: “Dir-se-á: a virgem é mãe da divindade? Ao que respondemos: o Verbo vivo, subsistente, é gerado pela própria substância de Deus Pai, existe desde toda a eternidade... Mas ele se encarnou no tempo e por isso pode-se dizer que nasceu da mulher”. Jesus, Filho de Deus, nasceu de Maria.

É deste sublime e exclusivo privilégio que derivam à Virgem todos os títulos que lhe atribuímos. Também podemos fazer, entre a santidade individual de Maria e sua maternidade divina, uma distinção sugerida pelo próprio Jesus Cristo: “Uma mulher levantou a voz do meio da multidão e lhe disse: bem-aventurado o ventre que trouxe e os peitos que te amamentaram. Mas Jesus replicou: “Mais bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a praticam”. (Lc 11,27).

Na realidade, “Maria, filha de Adão, consentindo na palavra divina, se fez Mãe de Jesus. E abraçando a vontade salvífica de Deus com todo o coração, não retida por nenhum pecado, consagrou-se totalmente como serva do Senhor à pessoa e obra do seu Filho, servindo sob ele e com ele, por graça de Deus onipotente, ao mistério da redenção”. (Lumen gentium, 56).
Deus se fez carne por meio de Maria, começou a fazer parte de um povo, constituiu o centro da história. Ela é o ponto de união entre o céu e a terra. Sem Maria desencarna-se o Evangelho, desfigura-se e transforma-se em ideologia, em racionalismo espiritualista.

Paulo VI assinala a amplidão do serviço de Maria com palavras que têm um eco muito atual em nosso Continente: Ela é a mulher forte que conheceu a pobreza e o sofrimento, a fuga e o exílio (Cf. Mt 2,13-23); situações estas que não podem escapar à atenção de quem quiser dar apoio, com espírito evangélico, às energias libertadoras do homem e da sociedade. Apresentar-se-á Maria como a mulher que com a sua ação favoreceu a fé da comunidade apostólica em Cristo e cuja função materna se dilatou, vindo a assumir, no Calvário, dimensões universais”. (Puebla, 301 e 302).

(Conf.: Um santo para cada dia, Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini, São Paulo, Edições Paulinas, 1983, p. 07 e 08).

O MEU GESTO DE NATAL.

VOU PLANTAR UMA ÁRVORE. SERÁ O MEU GESTO DE NATAL. Copa grande, sombra amiga; galhos fortes, crianças no balanço; e muitos frutos carnudos, passarinhos em revoada. Mas, o mais importante de tudo: ela terá de crescer devagar, muito devagar. Tão devagar que à sua sombra eu nunca me assentarei. Eu a amarei pelos meus sonhos que ela abriga. E vou dizê-los, como poemas, quando minhas mãos revolverem a terra. Desejarei que haja pão para todos. Me rirei dos homens de guerra correndo, despidos, suas fardas, botas e espadas uma imensa fogueira. Imaginarei que os leões aprenderão com os cordeiros o gosto bom do capim. E os grandes pararão o seu trabalho para fazer lugar para o brinquedo das crianças.

Escolhi este gesto porque as árvores são coisas mansas e tranqüilas. Diferentes dos dentes dos homens de guerra e dos números dos homens de lucro.

As árvores celebram a vida e se oferecem como promessas, numa liturgia de paz. Com elas se inicia um futuro. Mas a guerra e o lucro engordam com as carnes dos sacrificados: gritos ferozes de uma liturgia de fim de mundo. Plantarei minha árvore: cantarei minha esperança. Pensarei que o primeiro a plantar uma árvore a cuja sombra nunca se assentaria foi o primeiro a pronunciar o nome do Messias.

É Natal. O poder foi dado à ternura. Venha, plante uma árvore comigo.
(Rubem Alves, Prece 7, Edições Paulinas).

Desejo muito que Deus continue abençoando aos meus amigos e às minhas amigas, aos meus familiares e aos meus parentes, às pessoas que me conhecem e às pessoas que acessam ao meu blog. Vocês podem contar com a minha oração. Que Deus conceda a estes, que são da minha íntima amizade, um SANTO NATAL e um ABENÇOADO ANO NOVO.


O dia 08 de dezembro é, na nossa Igreja, a solenidade de Nossa Senhora da Conceição. Nossa Senhora, no decorrer do tempo, recebeu, por parte dos filhos da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, uma infinidade de títulos, mas este da “Imaculada Conceição” é o título mais importante dado à Virgem Maria.

Oração: VIRGEM SANTÍSSIMA, QUE FOSTES CONCEBIDA SEM O PECADO ORIGINAL E POR ISTO MERECESTES O TÍTULO DE NOSSA SENHORA DA IMACULADA CONCEIÇÃO, E POR TERDES EVITADO TODOS OS OUTROS PECADOS, O ANJO GABRIEL VOS SAUDOU COM AS BELAS PALAVRAS: "AVE MARIA, CHEIA DE GRAÇA", NÓS VOS PEDIMOS QUE NOS ALCANCEIS DO VOSSO DIVINO FILHO O AUXÍLIO NECESSÁRIO PARA VENCERMOS AS TENTAÇÕES E EVITARMOS OS PECADOS E, JÁ QUE VOS CHAMAMOS DE MÃE, ATENDEI-NOS COM CARINHO MATERNAL E AJUDAI-NOS A VIVER COMO DIGNOS FILHOS VOSSOS. Amém.
 
Nossa Senhora da Conceição rogai por nós.




08 DE DEZEMBRO – NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

PRAÇA DA ESPANHA (ROMA, ITÁLIA). ESTAMOS REUNIDOS EM VOLTA DESTE MONUMENTO HISTÓRICO, QUE HOJE ESTÁ CIRCUNDADO DE FLORES, SINAL DO AMOR E DA DEVOÇÃO DO POVO ROMANO À MÃE DE JESUS. E O DOM MAIS BONITO, E A ELA AGRADÁVEL, QUE OFERECEMOS É A NOSSA ORAÇÃO, A QUE TRAZEMOS NO CORAÇÃO E QUE CONFIAMOS À SUA INTERCESSÃO. SÃO INVOCAÇÕES DE AGRADECIMENTO E DE SÚPLICA: ACÇÃO DE GRAÇAS PELO DOM DA FÉ E POR TODO O BEM QUE QUOTIDIANAMENTE RECEBEMOS DE DEUS; E SÚPLICA PELAS DIVERSAS NECESSIDADES, PELA FAMÍLIA, PELA SAÚDE, PELO TRABALHO, POR TODAS AS DIFICULDADES QUE A VIDA NOS FAZ ENCONTRAR.

MAS QUANDO VIMOS AQUI, ESPECIALMENTE NESTA CELEBRAÇÃO DE 8 DE DEZEMBRO, É MUITO MAIS IMPORTANTE O QUE RECEBEMOS DE MARIA, EM RELAÇÃO AO QUE LHE OFERECEMOS. DE FACTO, ELA TRANSMITE-NOS UMA MENSAGEM DESTINADA A CADA UM DE NÓS, À CIDADE DE ROMA E AO MUNDO INTEIRO. TAMBÉM EU, QUE SOU O BISPO DESTA CIDADE, VENHO AQUI PARA ME PÔR À ESCUTA, NÃO SÓ PARA MIM, MAS PARA TODOS. E QUE NOS DIZ MARIA? ELA FALA-NOS COM A PALAVRA DE DEUS, QUE SE FEZ CARNE NO SEU SEIO. A SUA «MENSAGEM» MAIS NÃO É QUE JESUS, ELE QUE É TODA A SUA VIDA. É GRAÇAS A ELE E POR ELE QUE ELA É A IMACULADA. E COMO FILHO DE DEUS FEZ-SE HOMEM POR NÓS, DE MODO QUE TAMBÉM ELA, A MÃE, FOI PRESERVADA DO PECADO PARA NÓS, PARA TODOS, COMO ANTECIPAÇÃO DA SALVAÇÃO DE DEUS PARA CADA HOMEM. ASSIM MARIA DIZ-NOS QUE TODOS SOMOS CHAMADOS A ABRIR-NOS À ACÇÃO DO ESPÍRITO SANTO PARA PODERMOS CHEGAR, NO NOSSO DESTINO FINAL, A SER IMACULADOS, PLENA E DEFINITIVAMENTE LIVRES DO MAL. DIZ-NOS ISTO COM A SUA PRÓPRIA SANTIDADE, COM UM OLHAR CHEIO DE ESPERANÇA E DE COMPAIXÃO, QUE EVOCA PALAVRAS COMO ESTAS: «NÃO TEMAS, FILHO, DEUS AMA-TE; AMA-TE PESSOALMENTE; PENSOU-TE ANTES QUE TU VIESSES AO MUNDO E CHAMOU-TE À EXISTÊNCIA PARA TE ENCHER DE AMOR E DE VIDA; E POR ISTO VEIO AO TEU ENCONTRO, FEZ-SE COMO TU, TORNOU-SE JESUS, DEUS-HOMEM, EM TUDO SEMELHANTE A TI, EXCEPTO NO PECADO; ENTREGOU-SE A SI MESMO ATÉ À MORTE DE CRUZ, E ASSIM «DEU-TE UMA VIDA NOVA, LIVRE, SANTA E IMACULADA» (CF. EF 1, 3-5).

É ESTA MENSAGEM QUE MARIA NOS TRANSMITE, E QUANDO VENHO AQUI, NESTA FESTA, ADMIRO-ME, PORQUE A SINTO DIRIGIDA A TODA A CIDADE, A TODOS OS HOMENS E MULHERES QUE VIVEM EM ROMA: TAMBÉM A QUEM NÃO PENSA NISTO, A QUEM HOJE NÃO RECORDA NEM SEQUER QUE É A FESTA DA IMACULADA; A QUEM SE SENTE SÓ E ABANDONADO. O OLHAR DE MARIA É O OLHAR DE DEUS SOBRE CADA UM. ELA OLHA COM O MESMO AMOR DO PAI E ABENÇOA-NOS. COMPORTA-SE COMO NOSSA «ADVOGADA» — E ASSIM INVOCAMO-LA NA SALVE, REGINA: «ADVOCATA NOSTRA». MESMO SE TODOS FALASSEM MAL DE NÓS, ELA, A MÃE, FALARIA BEM, PORQUE O SEU CORAÇÃO IMACULADO ESTÁ SINTONIZADO COM A MISERICÓRDIA DE DEUS. ASSIM ELA VÊ A CIDADE: NÃO COMO UM AGLOMERADO ANÓNIMO, MAS COMO UMA CONSTELAÇÃO NA QUAL DEUS CONHECE TODOS PESSOALMENTE PELO NOME, UM POR UM, E NOS CHAMA A RESPLANDECER COM A SUA LUZ. E AQUELES QUE AOS OLHOS DO MUNDO SÃO OS PRIMEIROS, PARA DEUS SÃO OS ÚLTIMOS; OS QUE SÃO PEQUENINOS, PARA DEUS SÃO GRANDES. A MÃE OLHA PARA NÓS COMO DEUS OLHOU PARA ELA, HUMILDE JOVEM DE NAZARÉ, INSIGNIFICANTE AOS OLHOS DO MUNDO, MAS ESCOLHIDA E PRECIOSA PARA DEUS. RECONHECE EM CADA UM A SEMELHANÇA COM O SEU FILHO JESUS, MESMO SE NÓS SOMOS TÃO DIFERENTES! MAS QUEM MAIS DO QUE ELA CONHECE O PODER DA GRAÇA DIVINA? QUEM MELHOR DO QUE ELA SABE QUE NADA É IMPOSSÍVEL PARA DEUS, CAPAZ ATÉ DE TIRAR O BEM DO MAL?

EIS, QUERIDOS IRMÃOS E IRMÃS, A MENSAGEM QUE RECEBEMOS AQUI, AOS PÉS DE MARIA IMACULADA. É UMA MENSAGEM DE CONFIANÇA PARA CADA PESSOA DESTA CIDADE E DO MUNDO INTEIRO. UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA NÃO FEITA DE PALAVRAS, MAS DA SUA PRÓPRIA HISTÓRIA: ELA, UMA MULHER DA NOSSA ESTIRPE, QUE DEU À LUZ O FILHO DE DEUS E PARTILHOU TODA A SUA EXISTÊNCIA COM ELE! E HOJE DIZ-NOS: ESTE É TAMBÉM O TEU DESTINO, O VOSSO, O DESTINO DE TODOS: SER SANTOS COMO O NOSSO PAI, SER IMACULADOS COMO O NOSSO IRMÃO JESUS CRISTO, SER FILHOS AMADOS, TODOS ADOPTADOS PARA FORMAR UMA GRANDE FAMÍLIA, SEM CONFINS DE NACIONALIDADE, COR, LÍNGUA, PORQUE UM SÓ É DEUS, PAI DE TODOS OS HOMENS.

OBRIGADO, Ó MÃE IMACULADA, POR ESTARES SEMPRE CONNOSCO! VELA SEMPRE SOBRE A NOSSA CIDADE: CONFORTA OS DOENTES, ENCORAJA OS JOVENS, AMPARA AS FAMÍLIAS. INFUNDE A FORÇA PARA REJEITAR O MAL, EM TODAS AS SUAS FORMAS, E ESCOLHER O BEM, MESMO QUANDO É DIFÍCIL E OBRIGA A IR CONTRA A CORRENTE. DÁ-NOS A ALEGRIA DE NOS SENTIRMOS AMADOS POR DEUS, ABENÇOADOS POR ELE, PREDESTINADOS A SER SEUS FILHOS.
VIRGEM IMACULADA, NOSSA MÃE DULCÍSSIMA, INTERCEDE POR NÓS!
08 DE DEZEMBRO DE 2010 – PAPA BENTO XVI.



Esta imagem ilustra bem a dor que sentimos quando nos deparamos com alguma coisa errada, por exemplo. A lágrima põe para fora o que sentimos. Manifesta o nosso sentimento. Sentimo-nos frágeis e impotentes. Neste momento a fé, Deus e a oração são o nosso auxílio. A oração tem um valor grande em nossa vida. Sempre. Rezar faz bem a quem ora piedosamente, faz bem a si mesmo e também aos outros. Oração não é isolada. Oração é comunhão. Transcende os limites físicos. “A oração é a força do homem e a fraqueza de Deus”. Devemos “confiar” em Deus, que é o autor da criação. Devemos ter “esperança”, pois sem ela não chegamos a lugar nenhum. Devemos ter “fé”, sem a fé em Deus nós ficamos perdidos. O que nos coloca na relação com Deus é a oração. A criatura há de voltar-se sempre para o seu criador. É na oração, em comunhão com Deus, que encontramos força para superarmos a dor, a tristeza, a angústia, o medo e a solidão. Com Deus temos companhia boa, ele nos dá a salvação. Enquanto caminhamos, neste mundo, precisamos dele. Precisamos sempre. Na sua casa, no céu, ele nos aguarda para enxugar as nossas lágrimas, retirar a nossa dor e nos dar o abraço da salvação. Por isso, rezar sempre é um meio de estarmos com ele e de estarmos bem. Rezar é também permanecer na companhia agradável dos nossos entes queridos, já que no corpo glorioso do Senhor estão guardados, para a eternidade, aqueles irmãos que nos precederam na morada celeste. Confiemos a ele os nossos entes queridos.

A Igreja, desde os primeiros tempos, vem cultivando com grande piedade a memória dos defuntos e oferecendo por eles seus sufrágios (cf. LG 50). Nos ritos fúnebres a Igreja celebra com fé o mistério pascal, na certeza de que todos que se tornaram pelo Batismo membros do Cristo crucificado e ressuscitado, através da morte, passam com ele à vida sem fim (cf. Rito das Exéquias, 1).

A celebração da comemoração de todos os fiéis defuntos teve início, também em Roma, no séc. XIV. (Missal Romano, São Paulo, Edições Paulinas, 1982, p. 693).
Até quando o Senhor Jesus virá em sua glória, e, destruída a morte, ser-lhe-ão submetidas todas as coisas, alguns de seus discípulos são peregrinos na terra; outros, que passaram desta vida, estão se purificando; outros, enfim, gozam da glória, contemplando a Deus. Todos, porém, comungamos na mesma caridade de Deus. Portanto, a união daqueles que estão a caminho, com os irmãos falecidos, de maneira alguma se interrompe, antes vê-se fortalecida pela comunhão dos bens espirituais (cf. LG 49).

Oremos. Ó Deus, fizestes o vosso Filho único vencer a morte e subir ao céu. Concedei a vossos filhos e filhas superar a mortalidade desta vida e contemplar eternamente a vós, Criador e Redentor de todos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. (Missal Romano, São Paulo, Edições Paulinas, 1982, p. 695).


02 de novembro. Comemoração de todos os fiéis falecidos. A todos os que morreram “no sinal da fé” a Igreja reserva um lugar importante na liturgia: há uma lembrança diária na missa, com o Memento (= lembrança) (sic!) dos mortos, e no Ofício divino com a breve oração (as almas dos fiéis pela misericórdia de Deus, descansem em paz), e existe sobretudo a celebração hodierna na qual cada sacerdote pode celebrar três missas em sufrágio das almas dos falecidos. A comemoração dos falecidos, devida ao abade de Cluny, santo Odilon, em 998, não de todo nova na Igreja, pois em toda parte se celebrava a festa de todos os santos e o dia seguinte era dedicado à memória dos fiéis falecidos. Mas o fato de que milhares de mosteiros beneditinos dependessem de Cluny favoreceu a ampla difusão da comemoração a muitas partes da Europa setentrional. Depois também em Roma, em 1311, foi sancionada oficialmente a memória dos falecidos.
O privilégio das três missas no dia 2 de novembro, concedido à Espanha em 1748, foi estendido à Igreja universal por Bento XV em 1915. Desejava-se assim sublinhar uma grande verdade, que tem o seu fundamento na Revelação: a existência da Igreja da purificação, colocada num estado intermediário entre a Igreja triunfante e a militante. Estado intermediário, mas temporário “onde o espírito humano se purifica e se torna apto ao céu”, segundo a imagem de Dante. Na primeira epístola aos coríntios, são Paulo usa a imagem de um edifício em construção.
Os pregadores são os operários que edificam sobre o fundamento colocado pelos primeiros enviados de Cristo, os Apóstolos. Existem os que cumprem um trabalho caprichado e sua obra fica sem defeitos, outros ao contrário misturam com o bom material um material de segunda, madeira e palha, isto é vanglória e indiferença. Depois vem a vistoria, que são Paulo chama de dia do Senhor, a prova de fogo: a provação apreciará a obra de cada um. Alguns assistirão à resistência do seu edifício, outros verão desabar o seu. “Ora – acrescenta o apóstolo são Paulo – se a obra que alguém edificou permanecer em pé, ele receberá a recompensa, se se queimar, sofrerá prejuízo, mas ele será salvo por meio do fogo”.
A essas almas, que a prova de fogo obriga à purificação, em vista da plena alegria do paraíso, a Igreja dedica hoje, uma memória particular, para ressaltar mediante a caridade do sufrágio aquele vínculo de amor que une perenemente aqueles que morreram no sinal da fé e foram destinados à eterna comunhão com Deus. (Um santo para cada dia, Mario Sgarbossa e Luígi Giovannini, 1987, São Paulo, Edições Paulinas, p. 351-352).

OREMOS. Ó Deus e Pai todo-poderoso, marcastes nossas vidas com o mistério da cruz e da ressurreição do fosso Filho. Concedei ao nosso irmão [Otoniel Teles], que, livre dos laços da morte, participe do convívio dos santos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. (Missal Romano, São Paulo, Edições Paulinas, 1984, p. 945).
Oração a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Ó Senhora Aparecida, olha com bondade para nossas famílias e ajuda-nos a viver o evangelho do teu filho, Jesus. Ilumina o caminho das crianças e dos jovens: que suas energias e fé sejam canalizadas para a construção de um mundo melhor! Participa, querida Mãe, da luta constante dos trabalhadores: que seus esforços sejam recompensados com salários justos e digna condição de vida. Conforta os doentes e as pessoas idosas. Alivia seus sofrimentos, e que nós possamos ajudá-los a vencer a solidão. Dá perseverança aos aflitos e atribulados. Abranda os poderosos: que eles aprendam o grande valor da bondade humana. Ó Senhora Aparecida, vem favorecer nosso profundo anseio de que toda pessoa seja tratada com dignidade e Deus seja glorificado para sempre. Amém! (Pe. Luiz Miguel Duarte, SSP).
O DIA DO IDOSO. Adotado, no Brasil, desde 1999, o dia do idoso é celebrado em 27 de setembro, data na qual é comemorado São Vicente de Paulo (1581-1660), o homem da caridade. “No seu Banco da Caridade, os capitais não paravam”. Ele tinha o maior cuidado com as pessoas que necessitavam de alguma coisa.

Recentemente, em 2006, o governo brasileiro instituiu o dia 1º de outubro como o “dia nacional do idoso”.

Outras nações já comemoravam “O DIA DO IDOSO” no dia “1º DE OUTUBRO”. A ONU criou esta data para incentivar o respeito e a acolhida à pessoa idosa.

Todo o mundo deve prestar bem atenção para ver se seus idosos estão sendo bem tratados e se eles têm uma boa qualidade de vida.

A nossa Igreja sempre defendeu este ponto de vista.

Foi por causa do “Seminário Mundial sobre Envelhecimento” (Viena-Áustria, 1982) que muitas políticas e ações governamentais puderam ser viabilizadas.

Nossa Senhora da Penha

Quando houve a invasão dos ÁRABES MUÇULMANOS na EUROPA, muitas imagens foram escondidas pelos cristãos, a fim de protegê-las. Na Espanha, perto do POVOADO DE RODRIGO, existe uma serra que, antigamente, era chamada PENHA DE FRANÇA, pois ali tinham se refugiado alguns franceses, há muitos anos passados.

Depois que os ÁRABES foram expulsos, um monge chamado Simão Rochão, ou Simão Vela, soube que na serra PENHA DE FRANÇA havia uma imagem de Nossa Senhora, que estava escondida. Ele se apressou para encontrar a imagem, viajando para o local indicado. Ao chegar ao pé da serra, subiu logo e cavou, bem no cume, achando a imagem e dando-lhe o nome do lugar que a abrigava. “Nossa Senhora da Penha de França”. Ali, o monge construiu uma capela, que se tornou famosa na Espanha, e em outros países, pelos diversos milagres operados, lá, por Maria.

No Brasil, a lembrança feliz é também dirigida ao FREI e EREMITA PEDRO PALÁCIOS que ergueu a primeira capela em homenagem a Nossa Senhora da Penha de França, no país, enquanto catequizava os índios, no atual estado do Espírito Santo. Ele recorreu à religião para atrair a confiança dos indígenas, pois o contato com os sacerdotes e os frades era satisfatório, ao contrário daqueles contatos feitos pelos conquistadores, que os desejavam ter como escravos.

FREI PALÁCIOS, EREMITA, devoto da Virgem Maria, montou um "posto avançado" no meio da mata. Conciliava assim as duas características do seu trabalho: a de eremita e a de catequista. Dali, ele se embrenhava na floresta para ensinar o cristianismo às tribos e para aprender da sua cultura. Ergueu um santuário em homenagem a Nossa Senhora, onde colocou um painel de Nossa Senhora da Penha de França, trazido de Portugal. Escolheu um rochedo, escuro, liso, pequeno, e ali o instalou. Cabiam, dentro, quatro pessoas, e tinha uma das bordas dentro do mar. O local existe até hoje. Depois, passou a habitar numa pequena caverna, na verdade uma fenda no rochedo, de onde podia ver o SANTUÁRIO.

Atualmente, ali, também existe um enorme SANTUÁRIO dedicado a Nossa Senhora da Penha de França, que tem ao seu lado um convento de FRANCISCANOS. As romarias não pararam de aumentar, nos últimos séculos, com os peregrinos agradecendo as graças e os milagres alcançados pela intercessão e por obra de Nossa Senhora da Penha de França.

O bondoso FRADE foi encontrado morto, no dia 02 de maio de 1575, e o quadro, visto pelos populares que o socorreram, poderia servir de inspiração para um novo belo painel em honra da Virgem Maria. Frei Pedro Palácios estava ajoelhado e com o peito deitado sobre o altar da Virgem Maria, a mão direita posta aos pés da imagem e a mão esquerda colocada no próprio peito.

Nossa Senhora da Penha de França, embora não tenha sido declarada, oficialmente, pela Santa Sé, a PADROEIRA da cidade de SÃO PAULO, é, no entanto, pela tradição e pela devoção popular.

Oração a Nossa Senhora da Penha.
Ó Maria Santíssima, Nossa Senhora da Penha, em cujas mãos Deus depositou os tesouros das suas graças e dos seus favores. Eis-me, aqui, cheio de esperança, solicitando, com humildade, a graça de que hoje necessito e pela qual sou grato desde este momento.

Enxugai o pranto das pessoas que sofrem e consolai os aflitos em suas necessidades. Tudo isso vos pedimos por Jesus, vosso Filho e nosso irmão. Amém!
 
Na cidade de Crato, estado do Ceará, Nossa Senhora da Penha é celebrada no dia 01 de setembro. No Espírito Santo, Nossa Senhora da Penha é celebrada no dia 11 de abril.

Nossa Senhora Rainha

Dois mistérios gloriosos do terço de orações marianas estamos celebrando dentro desta oitava da Assunção de Nossa Senhora.

Dia 15 de agosto, em Roma, o Papa Bento XVI fazia menção desta solenidade da Igreja: Assunção de Nossa Senhora (4º Mistério). A Festa remete a um dos dogmas da Igreja. Este dogma foi uma definição importantíssima da Igreja a respeito de Nossa Senhora, que ajudou muito mais ainda na fé de todo o povo de Deus.

Dia 22 de agosto, próxima segunda-feira, estaremos celebrando o outro mistério (5º): Nossa Senhora Rainha (Coroação de Nossa Senhora). É a festa da realeza de Nossa Senhora, quando então poderemos coroar Nossa Senhora com a nossa atenção e o nosso amor. Esta coroa para ela é de ouro. Vale muito.

Entreguemo-nos, todos, à Virgem Santíssima, ela cuidou bem do seu filho, Jesus, e o seu filho nos confiou a ela.

Rezemos: Ó minha Senhora e, também, minha Mãe, eu me ofereço, inteiramente, todo a vós e, em prova da minha devoção, eu, hoje, vos dou meu coração. Consagro a vós meus olhos, meus ouvidos e minha boca. Tudo o que sou desejo que a vós pertença. Ó, incomparável, Mãe, guardai-me, defendei-me como "coisa" e "propriedade" vossa. Amém.

Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. Amém.

OTONIEL TELES
25 de julho de 2011 - Dia de São Tiago Maior, Apóstolo
(11 anos de sua morte e 105 anos de seu nascimento)

Quem conheceu o senhor Otoniel Teles de Menezes, Nenen de Ana, sabe que ele era um homem de conduta íntegra. É sobre esta pessoa, é sobre sua conduta que eu me proponho dizer algumas palavras.

No dia 14 de abril de 1906, em Patrocínio, estado do Piauí, nasceu Otoniel Teles de Menezes, de sua mãe Ana Teles Moreira. O seu nome é o mesmo do seu pai, sem acréscimo de “Filho” ou de “Júnior”. Sua certidão de nascimento fora elaborada em Santana do Cariri, estado do Ceará, provavelmente, muito tempo depois de haver nascido. No passado não havia a cultura de registrar os filhos no momento no nascimento. Seu registro de nascimento é do tempo em que a cidade era conhecida pelo nome de Santanópole.

Não sei dizer por qual razão veio de Pio IX, estado do Piauí, para fixar residência em Santana do Cariri. Mas sei que veio para o lugar certo. Em Santana, ele fez a sua vida. Como um homem de negócio se firmou e se consolidou. Na juventude namorou pouco. Era dado à vida pacata. Não criava confusão. Não participava de desordem alguma. Participou de uma banda de música, com um instrumento de vara e sopro. Era perseverante. Namorou por muito tempo com Licinha, hoje residente na Praça Coronel Felinto Cruz. O seu namoro só terminou quando ele passou a se interessar por uma viúva chamada Antonia Dias do Nascimento, Toinha Dias. Ela trabalhava na roça para criar os filhos do seu primeiro esposo. Seu Nenen tinha um comércio no centro de Santana do Cariri. Ela, toda semana, ia fazer compras na “bodega” do seu Nenen. Seu Nenen era um homem de bem. Aceitou vender fiado à dona Toinha. Desde então, eles criaram um bom relacionamento. Ela pagava quando recebia seu dinheiro. Honrava seus compromissos. Certamente esta parte e mais a alegria de viver de dona Toinha criaram um ambiente de amizade e depois formalizaram um compromisso mais sério.

Tempos depois, seu Nenen deixou o comércio e ficou mesmo só com a criação de gado e alguns cavalos. Seu gado era todo branco. Nunca se interessou em adquirir um boi com “patacas” ou preto. Era um gado manso. Ele tinha um defeito nas pernas que o impedia de se locomover com agilidade. Seria a razão de ter sempre o bom hábito de amansar as crias do seu gado, para não precisar correr e fugir de alguma chifrada. Seu gado era pacífico como era o seu dono.

Tanto quando comercializava em sua bodega e tanto quando negociava gado e vendia leite era um homem direito. Pagava seus impostos sem atraso, pois não gostava de receber cobranças. Era bondoso. Emprestava até mesmo com a dúvida se aquele ou aquela haveria de honrar seu compromisso. Muitas vezes foi enganado! O seu nome correu nas instituições de aposentadoria, pois fazia de tudo para ajudar a quem ia se aposentar. Como dono de terras, tinha o hábito de empregar familiares nas culturas da terra e do gado. Era uma maneira de ajudar. Sem falar na empregada doméstica. Algum trabalhador usava suas terras como “meeiro”, esperava-se deste a partilha da lavoura, mas nem sempre tudo saia como fora acertado. No entanto, ele deixava “passar”. Resmungava alguma ou outra vez, mas logo tudo ia para o esquecimento. Alguém olhou nas suas cadernetas e lá encontrou anotações de pessoas que deviam e que nunca retornaram para dar “baixa”. Por outro lado, Deus era generoso com ele. Seu gado era bem cuidado e lhe rendia o que precisava. Suas terras eram férteis. Davam o sustento de sua família. Ainda, ele dava dos seus frutos presentes a pessoas que ele considerava muito.

Seu Nenen só tinha uma irmã, Maria Teles de Menezes, Mariinha (falecida aos 20 de julho de 1996, às 17:00 horas, em Santana do Cariri, com 91 anos de idade). Nunca se casou. Era costureira e bordadeira. Eles dois viveram muito tempo juntos. Os dois, juntos, cada um solteiro, já de idade e não pensavam em casamento. Ela não queria que ele se casasse. Mas, torcia por Licinha.

Fiquei sabendo que eles moraram na Rua Joaquim Távora, numa esquina, próxima ao prédio da Prefeitura Municipal. Já faz tempo, lá reside, hoje, seu Antonio Amorim. Sempre me recordo de seu Nenen morando na Rua Senhora Santana, casa de esquina, vizinha ao seu curral de gados e de sua faixa de terra, que ligava da rua até o sopé do Pontal da Santa Cruz. De sua casa avistava-se muito bem a lateral e a frente de toda a Igreja de Senhora Santa Ana. Em sua calçada, às tardes, ficava sentado numa cadeira de balanço. Ali recebia os amigos e compartilhava o café e a conversa amena. Não havia um dia em que ele se omitisse de dar o ar de sua presença na soleira de sua porta. Todos os passantes saudavam-no com um aceno. Muita gente ia se aconselhar com ele.

No dia 11 de julho de 1981, na Igreja para a qual ele olhava todos os dias, nas tardes, tomou dona Toinha Dias por esposa. Ao pé do altar de Senhora Santana, na presença dos seus filhos, das testemunhas e de algum curioso, seu Nenen (75) e dona Toinha (55) receberam a bênção nupcial dada pelo Padre Raimundo Araújo. Era mais ou menos horário de almoço, quando se casaram religiosamente. Foram testemunhas os senhores Carlos Sobreira e Valter Cruz.

Seus filhos Antonio (19), Maria (18), Alzir (16) e Antonia (12) estavam presentes ao casamento religioso porque há muito tempo seu Nenen e dona Toinha mantinham um relacionamento, do qual eles vieram ao mundo. O seu filho mais velho, o Antonio, insistia que eles deveriam receber de forma ritual a bênção matrimonial da Igreja. Ele tinha desejo de ser padre. Na vida de um padre é bom que os pais sejam casados na Igreja. Ele insistiu muito e um dia seu Nenen atendeu ao pedido do filho.

Seu Nenen sabia ler e escrever, mas não era um saber formalizado. Dona Toinha estudou no MOBRAL, à noite, andou, algumas vezes, assinando, mas não sabia escrever nem um bilhete. Fazia conta de cabeça, mas não no papel. Os dois, no entanto, empenharam-se em favorecer aos filhos com a educação. Seu filho mais velho formou-se em teologia, em Fortaleza. A filha mais velha formou-se em geografia, em Crato. Seu filho mais novo formou-se em letras, em Crato. Sua filha mais nova fez o curso de pedagógico, em Santana do Cariri. Seu Nenen e dona Toinha fizeram de tudo para que os filhos pudessem estudar, enfrentaram muitas dificuldades, mas deram a eles a melhor parte de sua herança: a educação.

No dia 25 de julho de 2000, dia de São Tiago Maior, mais ou menos 11 horas e 30 minutos, na casa do seu filho mais velho, à Rua Dr. Derval Peixoto, em Crato, estado do Ceará, faleceu o senhor Otoniel Teles de Menezes, conhecido por seu Nenen de Ana. Estava com 94 anos de idade. Não tinha nenhuma doença séria, comprometedora. Porém já caducava e não se locomovia há muito tempo. O filho mais velho, querendo estar mais próximo do pai, na eventual passagem desta vida para a eternidade, mandou buscá-lo para poder dar a ele uma melhor assistência. Seu Nenen não vivia indo ao médico. Não precisou ir ao médico. Nunca foi internado. Morreu em paz, em um ambiente limpo, arejado, sem bagunça.

Seu filho mais velho tudo fez para que o seu pai tivesse um sepultamento digno. Providenciou a urna funerária e, à noite, a sentinela. Vieram seus vizinhos e alguns dos seus irmãos. Nem todos puderam vir. Distância e Compromissos.

No dia seguinte, 26 de julho de 2000, dia da festa litúrgica de Senhora Santa Ana e de São Joaquim, em sua residência, às 06:00 horas, a família e as pessoas que estavam na sentinela puderam participar da encomendação religiosa proferida pelo Pe. José Adauto de Alencar, Vigário da Paróquia da Sagrada Família, em Crato. O Pe. José Adauto, amigo e padrinho do filho mais velho, apresentou suas condolências à família e fez todas as orações em sufrágio da alma do senhor Nenen de Ana. Foi uma atenção generosa de sua parte, porque naquela data a cidade de Santana do Cariri estava em festa da padroeira. O seu vigário estava muito cansado e ocupado.

Quando a urna funerária chegou à Santana do Cariri, mais ou menos 08:00 horas, foi levada para o interior da Igreja e lá o seu filho mais velho fez umas curtas orações pedindo a Deus o descanso eterno da alma do seu pai e o consolo para a sua família, particularmente, para a sua mãe, que ficara viúva novamente.

Pelas ruas, a família, alguns conhecidos e alguns amigos acompanham a urna funerária do seu Nenen de Ana até a sua morada eterna. Aquele que estivera sempre ao lado do pai não deixou de segurar por um instante sequer a alça da urna funerária, desde a Igreja até o túmulo do seu pai. Tomou o cuidado de, enquanto conduzia o “caixão”, pelas ruas de Santana do Cariri, recitar com a participação do povo o terço de orações marianas.

“Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós. Amém”.
“Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”.
DA NECESSIDADE DE NOS ABRIRMOS À NECESSIDADE DE NOS DOARMOS

O nosso futuro é o resultado das escolhas que fazemos a cada momento de nossa vida. Certamente você não pretende ser rígido como o carvalho oco que tomba na tempestade. Você vai preferir, com certeza, ser flexível como o bambu que se curva sob a tempestade e sobrevive. Ninguém pode julgar os sentimentos humanos, mas pode oferecer aceitação e ajuda para que cada ser humano possa se conhecer e se querer bem. Quando alguém pede socorro a um profissional ou a um amigo, em geral, necessita simplesmente da oportunidade de se abrir, de falar. Uma pessoa bem “treinada” é alguém com quem você pode dividir seu sofrimento, sua vida, sua raiva, seu medo, suas lembranças dolorosas, sua culpa e seus conflitos. Saiba que quanto mais reprimimos os nossos sentimentos, nós menos energia temos para a própria identidade. Para nos realizarmos, para darmos sentido à nossa vida, necessitamos transcender-nos, ou seja, viver para algo além de nós mesmos, que nos ultrapassa e nos sublima, como lutar por um ideal ou entregar-se a uma causa ou, até, mesmo, a uma pessoa. Na verdade, as formas mais poderosas de “dar” são imateriais. As “doações” de carinho, atenção, afeto, apreço e amor são as mais preciosas e custam quase nada. Assim, quanto mais você dá, mais recebe, porque mantém a abundância do universo circulando em sua vida e na vida das outras pessoas.
(AUTOR ANÔNIMO).





Os nomes dos pais de Maria são conhecidos por intermédio do apócrifo “Proto-evangelho de Tiago” (séc. II). O culto de Sant´Ana é documentado no Oriente no séc. VI, no Ocidente no séc. X; o de São Joaquim no séc. XIV. No rito bizantino no dia 25 de julho se recorda a dedicação, em Constantinopla, de uma basílica em honra de Sant´Ana. (Missal Romano, São Paulo, Edições Paulinas, 1992, p. 621).

ORAÇÃO DO DIA

Senhor, Deus de nossos pais, que concedestes a São Joaquim e Sant´Ana a graça de darem a vida à Mãe do vosso Filho Jesus, fazei que, pela intercessão de ambos, alcancemos a salvação prometida a vosso povo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

26 DE JULHO – SANTA ANA E SÃO JOAQUIM

Na Sagrada Escritura conta-se que a mãe de Samuel, Ana, na aflição da esterilidade que lhe tirava o privilégio da maternidade, dirigiu-se com fervorosa oração ao Senhor e fez promessa de consagrar ao serviço de Deus o futuro filho. Obtida a graça, após ter dado à luz o pequeno Samuel, levou-o a Silo, onde estava guardada a arca da aliança e o confiou ao sacerdote Eli, após tê-lo oferecido ao Senhor. Tomando isso como ponto de partida o Proto-evangelho de Tiago, apócrifo do século segundo, traça a história de Joaquim e Ana, pais da Bem-aventurada Virgem Maria. A piedosa esposa de Joaquim, após longa esterilidade, obteve do Senhor, o nascimento de Maria, que aos três anos levou ao Templo, deixando-a ao serviço divino, cumprindo o voto feito.
O fundamento histórico provável, embora na discordante literatura apócrifa, é de algum modo revestido de elementos secundários, copiados da história da mãe de Samuel. Faltando no Evangelho qualquer menção dos pais de Nossa Senhora, não há outra fonte senão os apócrifos, nos quais não é possível encontrar, entre os predominantes elementos fantásticos, alguma informação autêntica, recolhida por antigas tradições orais. O culto para com os santos pais da Bem-aventurada Virgem é muito antigo, entre os gregos sobretudo. No Oriente venerava-se santa Ana no século VI, e tal devoção estendeu-se lentamente por todo o Ocidente a partir do século X até atingir o seu máximo desenvolvimento no século XV. Em 1584 foi instituída a festividade de santa Ana, enquanto são Joaquim era deixado discretamente de lado, talvez pela própria discordância sobre o seu nome que se revela em outros escritos apócrifos, posteriores ao Proto-evangelho de Tiago.
Além do nome de Joaquim, ao pai da Virgem Santíssima é dado o nome de Cléofas, de Sadoc e de Eli. Os dois santos eram comemorados separadamente: santa Ana a 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. Em 1584 também são Joaquim achou espaço no calendário litúrgico, primeiro a 20 de março, para passar ao domingo da oitava da Assunção em 1738, em seguida a 16 de agosto em 1913 e depois reunir-se com a santa esposa no novo calendário litúrgico, no dia 26 de julho. “Pelos frutos conhecereis a árvore,” disse Jesus no Evangelho. Nós conhecemos a flor e o fruto suavíssimo vindo da velha planta: a Virgem Imaculada, isenta do pecado de origem desde o primeiro instante de sua concepção, por um privilégio único, para ser depois o tabernáculo vivo do Deus feito homem. Pela santidade do fruto, Maria, deduzimos a santidade dos pais, Ana e Joaquim. (Um santo para cada dia, Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini, São Paulo, Edições Paulinas, 1983, p. 235).


ORAÇÃO A SANTA ANA

Senhor, Deus de nossos pais, que concedestes a Santa Ana a graça de dar a vida à Mãe do vosso Filho Jesus, olhai por todas as famílias que lutam para sobreviver e que se encontram em grandes dificuldades de relacionamento. Que os lares sejam lugares abençoados e plenos de acolhimento e de compreensão. Santa Ana, nossa padroeira, olhai pelas crianças, acompanhai os adolescentes e jovens, amparai os idosos e doentes de nossa sociedade. Que todas as pessoas possam contar sempre com as bênçãos de vossa proteção. Santa Ana, eu, ainda, vos peço, neste dia, uma graça especial para a minha vida. Santa Ana, rogai por nós! Amém.





CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA

Ó minha Senhora e, também, minha Mãe, eu me ofereço, inteiramente, todo a vós e, em prova da minha devoção, eu, hoje, vos dou meu coração. Consagro a vós meus olhos, meus ouvidos e minha boca. Tudo o que sou desejo que a vós pertença. Ó, incomparável, Mãe, guardai-me, defendei-me como "coisa" e "propriedade" vossa. Amém.

Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. Amém.

Você semeou bondade e alegria no meu caminho. Muito obrigado.

Minha foto
"Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz". (Madre Teresa de Calcutá). "No deserto do mundo, a única terra fértil é o coração do homem". (Dom Hélder Pessoa Câmara). "Deus emerge em cada experiência de fraternidade". (Teólogo Leonardo Boff).
MINHA ÁRVORE DE NATAL

Deus, quisera que neste natal eu pudesse armar uma árvore dentro do meu coração e nele pendurar, ao invés de presentes, os nomes de todos os meus amigos.

Os amigos de longe e os de perto, os antigos e os mais recentes, os que vejo diariamente e os que raramente encontro.

Os que são sempre lembrados e os que, às vezes, deixo esquecidos.

Os das horas difíceis e os das horas alegres e divertidas, os que sem querer me magoam e os que mesmo querendo.

Aqueles que conheço profundamente e os que eu conheço superficialmente, os que me devem pouco e os que eu devo demais.

Os que me incentivam, estimulam e me fazem crescer como ser humano.

Os que me admiram e me amam sem que eu perceba e os que eu admiro e estimo sem dar-lhes a entender.

Os mais jovens e os mais antigos, os mais humildes e os mais importantes.

Quisera, Deus, eu pudesse armar esta árvore com raízes bem profundas, para que seus nomes nunca fossem arrancados de minha vida.

Uma árvore de ramos extensos para que novos nomes vindos de todas as partes possam juntar-se aos já existentes.

Uma árvore de sombra agradável e bem frondosa, para que nossa amizade seja sempre de momentos de paz, alegrias, brilho, amor, certeza de sinceridade, confiança, prazer e momentos de repouso diante da luta do nosso dia-a-dia.
(AUTOR ANÔNIMO).

A VOCÊ, AMIGO(A), DESEJO UM SANTO NATAL E UM ABENÇOADO ANO NOVO, AO LADO DE QUEM VOCÊ AMA. LUTE. ESFORCE-SE PARA QUE O MUNDO SEJA MELHOR. CONTINUEMOS SEMPRE AMIGOS(AS).


SONETO A NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

1) Sou verdadeira mãe de um Deus que é filho,/ 2) e sou sua filha, ainda ao ser-lhe mãe;/ 3) Ele de eterno existe e é meu filho,/ 4) e eu nasci no tempo e sou sua mãe./ 5) Ele é meu Criador e é meu filho,/ 6) e eu sou sua criatura e sua mãe;/ 7) foi divinal prodígio ser meu filho,/ 8) um Deus eterno e ter a mim por mãe./ 9) O ser da mãe é quase o ser do filho,/ 10) visto que o filho deu o ser à mãe/ 11) e foi a mãe que deu o ser ao filho;/ 12) se, pois, do filho teve o ser a mãe,/ 13) ou há de se dizer manchado o filho/ 14) ou se dirá Imaculada a mãe./


Conta-se que o Papa Pio IX chorou, ao ler esse soneto que contém um profundíssimo argumento de razão em favor da Imaculada.


O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX, cercado de 53 cardeais, de 43 arcebispos, de 100 bispos e mais de 50.000 romeiros vindos de todas as partes do mundo, no dia 8 de dezembro de 1854.


Passados apenas 3 anos dessa solene proclamação, em 11 de agosto de 1858, Nossa Senhora dignou-se aparecer milagrosamente, quinze dias seguidos, perto da pequena cidade de Lourdes, na França, a uma pobre menina, de 13 anos de idade, chamada Bernadete. No dia 25 de março, Bernadete suplicou que Nossa Senhora lhe revelasse seu nome. Após três pedidos seguidos, Nossa Senhora lhe respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição".
(www.lepanto.com.br).


HOMENAGEM À PROFESSORA

Mensagem à professora. Vem cá, professora, preciso te falar. Pode ser que estejas cansada. Foram tantos os trabalhos corrigidos. Foi penoso o planejamento elaborado. Foram longas as horas de trabalho e pode ser que estejas preocupada. São tantas as diferenças na classe. São tantos os problemas de disciplina e grande a responsabilidade que a ti confiaram. E deves estar apressada. A escola fica longe. Tantas coisas por fazer em casa. Talvez estejas angustiada. A vida está tão cara, os tempos são difíceis, o salário já chegou ao fim. Deves estar desanimada. Mas, apesar do cansaço, da preocupação, da pressa, da angústia, do desânimo, eu insisto: preciso te falar. É preciso que me ouças. Trago-te tantos recados. Houve alguém que praticou uma boa ação e mandou dizer-te que foi porque teu exemplo o convenceu. Houve alguém que venceu na vida e mandou dizer-te que foi porque tuas lições permaneceram. Houve alguém que superou a dor e mandou dizer-te que foi a lembrança da tua coragem que o ajudou. Muita gente dessa cidade, desse estado, dessa pátria e do mundo inteiro, manda dizer-te que és importante, que o teu trabalho é nobre, que de ti nasce a razão do progresso, da união, da harmonia de um povo. E vai agora... Esquece o cansaço, a preocupação, a pressa, a angústia, o desânimo. Sorri. Sorri. Sorri.


HOMENAGEM AO PROFESSOR

Ao professor, com carinho. Mestre é aquele que caminha com o tempo, propondo paz, fazendo comunhão, despertando sabedoria. Mestre é aquele que estende a mão, inicia o diálogo e encaminha para a aventura da vida. Não é o que ensina fórmulas, regras, raciocínios, mas o que questiona e desperta para a realidade. Não é a aquele que dá de seu saber, mas aquele que faz germinar o saber do discípulo. Mestre é você, meu professor amigo que me compreende, me estimula, me comunica e me enriquece com sua presença, seu saber e sua ternura. Eu serei sempre um seu discípulo na escola da vida. Obrigado, professor!
(N. MACCARI).



Durante séculos a devoção a Nossa Senhora de Loreto se desenvolveu a partir de uma história que, embora fantástica em alguns aspectos, era propagada, relatada e chegou até nós.

A casa santa de Loreto sempre fora, no entanto, objeto de estudos. E foram esses estudos bem recentes que vieram revelar fatos novos que possibilitam a reconstituição da história do surgimento da santa casa de Loreto. O Santuário de Loreto, conforme uma antiga tradição, guarda a casa que morou Nossa Senhora, em Nazaré, na Galiléia.

A casa da Virgem Santíssima, naquela cidade, era composta de duas partes: uma gruta escavada na rocha, ainda hoje venerada na Basílica da Anunciação, em Nazaré, e a outra que era uma construção de pedras na frente da gruta. Consoante a tradição, em 1291, quando os cruzados foram expulsos da Palestina, após a queda do Porto de Acon, a parte construída com pedras foi transportada por meio dos anjos, primeiramente para a Híria e depois para o território lauretano (10 de dezembro de 1294). Atualmente, com base em novas indicações documentárias e nos resultados das escavações arqueológicas no subsolo da santa casa (1962-1965) e em estudos filológicos e iconográficos, se vai sempre mais consolidando a hipótese de que as pedras da santa casa foram trazidas em navios por iniciativa dos homens. De fato, um documento de setembro de 1294, descoberto recentemente, atesta que Nicéforo Ângelo, déspota do Epiro, dando sua filha Itamar como esposa a Filipe de Táranto, quarto filho de Carlos II de Angió, rei de Nápoles, entregou a ele uma série de dotes de casamento, entre os quais apareciam, com clara evidência, "as santas pedras da casa de Nossa Senhora, a Virgem Mãe de Deus, que foram trazidas para cá".

Este dado está de acordo com o que dizem alguns estudiosos do início deste século. Afirmam eles, com efeito, ter lido esta notícia em outros documentos do arquivo do Vaticano, presentemente desaparecidos. Neles se lia que uma família bizantina chamada “dos Anjos”, em latim, “De Angelis”, no século XII, salvou da destruição muçulmana as pedras da santa casa, de Nazaré, e as mandou trazer para Loreto a fim de construir aqui a capela.

Também alguns achados arqueológicos confirmam o documento de 1294. Foram encontradas debaixo da santa casa duas moedas de Guido de La Roche, duque de Atenas, de 1287 a 1308, época da transladação da santa casa. O duque era filho de Helena dos Anjos, prima de Itamar e vassalo de Filipe de Táranto. Além das moedas, numa parede da santa casa há uns rabiscos onde parece que se pode ler ATENEORUM, isto é, dos atenienses, com referência ao âmbito geográfico da família “dos Anjos”. E mais, uma moeda de Ladislau de Angió-Durazzo, bisneto de Filipe Táranto e rei de Nápoles, de 1386 a 1414, se achava na parede entre pedras juntamente com cinco pequenas cruzes de fazenda vermelha, distintivo dos cruzados ou, mais provavelmente, de cavaleiros de uma ordem militar que, na Idade Média, defendia os lugares santos e suas relíquias.

Encontravam-se, ainda, as cascas de um ovo de avestruz que lembra a Palestina e era símbolo do mistério da encarnação. De grande importância são igualmente certos grafitos rabiscados em algumas pedras da santa casa. Estes daqui se assemelham muito aos que foram encontrados também em Nazaré. Provavelmente do nome da família “dos Anjos” (DE ANGELIS), do Epiro, surgiu a versão popular de que a santa casa veio para cá mediante o "ministério angélico", isto é, transportada pelos anjos.


02 DE NOVEMBRO

A Igreja, desde os primeiros tempos, vem cultivando com grande piedade a memória dos defuntos e oferecendo por eles seus sufrágios (cf. LG 50). Nos ritos fúnebres a Igreja celebra com fé o mistério pascal, na certeza de que todos que se tornaram pelo Batismo membros do Cristo crucificado e ressuscitado, através da morte, passam com ele à vida sem fim (cf. Rito das Exéquias, 1).

A celebração da comemoração de todos os fiéis defuntos teve início, também em Roma, no séc. XIV. (Missal Romano, São Paulo, Edições Paulinas, 1982, p. 693).

Até quando o Senhor Jesus virá em sua glória, e, destruída a morte, ser-lhe-ão submetidas todas as coisas, alguns de seus discípulos são peregrinos na terra; outros, que passaram desta vida, estão se purificando; outros, enfim, gozam da glória, contemplando a Deus. Todos, porém, comungamos na mesma caridade de Deus. Portanto, a união daqueles que estão a caminho, com os irmãos falecidos, de maneira alguma se interrompe, antes vê-se fortalecida pela comunhão dos bens espirituais (cf. LG 49).

Oremos. Ó Deus, fizestes o vosso Filho único vencer a morte e subir ao céu. Concedei a vossos filhos e filhas superar a mortalidade desta vida e contemplar eternamente a vós, Criador e Redentor de todos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. (Missal Romano, São Paulo, Edições Paulinas, 1982, p. 695).