“Guardar a paz no meio dos nossos erros é sinal de verdadeira humildade e abandono”. (P. Valentin-M. Breton).


“A vida não é um jogo da sorte, mas transcorre sob a guia da Divina Providência”.



Indo e vindo. Trevas e luz. Tudo é graça. Deus nos conduz.

CRATO-CE,

OTONIEL TELES
25 de julho de 2011 - Dia de São Tiago Maior, Apóstolo
(11 anos de sua morte e 105 anos de seu nascimento)

Quem conheceu o senhor Otoniel Teles de Menezes, Nenen de Ana, sabe que ele era um homem de conduta íntegra. É sobre esta pessoa, é sobre sua conduta que eu me proponho dizer algumas palavras.

No dia 14 de abril de 1906, em Patrocínio, estado do Piauí, nasceu Otoniel Teles de Menezes, de sua mãe Ana Teles Moreira. O seu nome é o mesmo do seu pai, sem acréscimo de “Filho” ou de “Júnior”. Sua certidão de nascimento fora elaborada em Santana do Cariri, estado do Ceará, provavelmente, muito tempo depois de haver nascido. No passado não havia a cultura de registrar os filhos no momento no nascimento. Seu registro de nascimento é do tempo em que a cidade era conhecida pelo nome de Santanópole.

Não sei dizer por qual razão veio de Pio IX, estado do Piauí, para fixar residência em Santana do Cariri. Mas sei que veio para o lugar certo. Em Santana, ele fez a sua vida. Como um homem de negócio se firmou e se consolidou. Na juventude namorou pouco. Era dado à vida pacata. Não criava confusão. Não participava de desordem alguma. Participou de uma banda de música, com um instrumento de vara e sopro. Era perseverante. Namorou por muito tempo com Licinha, hoje residente na Praça Coronel Felinto Cruz. O seu namoro só terminou quando ele passou a se interessar por uma viúva chamada Antonia Dias do Nascimento, Toinha Dias. Ela trabalhava na roça para criar os filhos do seu primeiro esposo. Seu Nenen tinha um comércio no centro de Santana do Cariri. Ela, toda semana, ia fazer compras na “bodega” do seu Nenen. Seu Nenen era um homem de bem. Aceitou vender fiado à dona Toinha. Desde então, eles criaram um bom relacionamento. Ela pagava quando recebia seu dinheiro. Honrava seus compromissos. Certamente esta parte e mais a alegria de viver de dona Toinha criaram um ambiente de amizade e depois formalizaram um compromisso mais sério.

Tempos depois, seu Nenen deixou o comércio e ficou mesmo só com a criação de gado e alguns cavalos. Seu gado era todo branco. Nunca se interessou em adquirir um boi com “patacas” ou preto. Era um gado manso. Ele tinha um defeito nas pernas que o impedia de se locomover com agilidade. Seria a razão de ter sempre o bom hábito de amansar as crias do seu gado, para não precisar correr e fugir de alguma chifrada. Seu gado era pacífico como era o seu dono.

Tanto quando comercializava em sua bodega e tanto quando negociava gado e vendia leite era um homem direito. Pagava seus impostos sem atraso, pois não gostava de receber cobranças. Era bondoso. Emprestava até mesmo com a dúvida se aquele ou aquela haveria de honrar seu compromisso. Muitas vezes foi enganado! O seu nome correu nas instituições de aposentadoria, pois fazia de tudo para ajudar a quem ia se aposentar. Como dono de terras, tinha o hábito de empregar familiares nas culturas da terra e do gado. Era uma maneira de ajudar. Sem falar na empregada doméstica. Algum trabalhador usava suas terras como “meeiro”, esperava-se deste a partilha da lavoura, mas nem sempre tudo saia como fora acertado. No entanto, ele deixava “passar”. Resmungava alguma ou outra vez, mas logo tudo ia para o esquecimento. Alguém olhou nas suas cadernetas e lá encontrou anotações de pessoas que deviam e que nunca retornaram para dar “baixa”. Por outro lado, Deus era generoso com ele. Seu gado era bem cuidado e lhe rendia o que precisava. Suas terras eram férteis. Davam o sustento de sua família. Ainda, ele dava dos seus frutos presentes a pessoas que ele considerava muito.

Seu Nenen só tinha uma irmã, Maria Teles de Menezes, Mariinha (falecida aos 20 de julho de 1996, às 17:00 horas, em Santana do Cariri, com 91 anos de idade). Nunca se casou. Era costureira e bordadeira. Eles dois viveram muito tempo juntos. Os dois, juntos, cada um solteiro, já de idade e não pensavam em casamento. Ela não queria que ele se casasse. Mas, torcia por Licinha.

Fiquei sabendo que eles moraram na Rua Joaquim Távora, numa esquina, próxima ao prédio da Prefeitura Municipal. Já faz tempo, lá reside, hoje, seu Antonio Amorim. Sempre me recordo de seu Nenen morando na Rua Senhora Santana, casa de esquina, vizinha ao seu curral de gados e de sua faixa de terra, que ligava da rua até o sopé do Pontal da Santa Cruz. De sua casa avistava-se muito bem a lateral e a frente de toda a Igreja de Senhora Santa Ana. Em sua calçada, às tardes, ficava sentado numa cadeira de balanço. Ali recebia os amigos e compartilhava o café e a conversa amena. Não havia um dia em que ele se omitisse de dar o ar de sua presença na soleira de sua porta. Todos os passantes saudavam-no com um aceno. Muita gente ia se aconselhar com ele.

No dia 11 de julho de 1981, na Igreja para a qual ele olhava todos os dias, nas tardes, tomou dona Toinha Dias por esposa. Ao pé do altar de Senhora Santana, na presença dos seus filhos, das testemunhas e de algum curioso, seu Nenen (75) e dona Toinha (55) receberam a bênção nupcial dada pelo Padre Raimundo Araújo. Era mais ou menos horário de almoço, quando se casaram religiosamente. Foram testemunhas os senhores Carlos Sobreira e Valter Cruz.

Seus filhos Antonio (19), Maria (18), Alzir (16) e Antonia (12) estavam presentes ao casamento religioso porque há muito tempo seu Nenen e dona Toinha mantinham um relacionamento, do qual eles vieram ao mundo. O seu filho mais velho, o Antonio, insistia que eles deveriam receber de forma ritual a bênção matrimonial da Igreja. Ele tinha desejo de ser padre. Na vida de um padre é bom que os pais sejam casados na Igreja. Ele insistiu muito e um dia seu Nenen atendeu ao pedido do filho.

Seu Nenen sabia ler e escrever, mas não era um saber formalizado. Dona Toinha estudou no MOBRAL, à noite, andou, algumas vezes, assinando, mas não sabia escrever nem um bilhete. Fazia conta de cabeça, mas não no papel. Os dois, no entanto, empenharam-se em favorecer aos filhos com a educação. Seu filho mais velho formou-se em teologia, em Fortaleza. A filha mais velha formou-se em geografia, em Crato. Seu filho mais novo formou-se em letras, em Crato. Sua filha mais nova fez o curso de pedagógico, em Santana do Cariri. Seu Nenen e dona Toinha fizeram de tudo para que os filhos pudessem estudar, enfrentaram muitas dificuldades, mas deram a eles a melhor parte de sua herança: a educação.

No dia 25 de julho de 2000, dia de São Tiago Maior, mais ou menos 11 horas e 30 minutos, na casa do seu filho mais velho, à Rua Dr. Derval Peixoto, em Crato, estado do Ceará, faleceu o senhor Otoniel Teles de Menezes, conhecido por seu Nenen de Ana. Estava com 94 anos de idade. Não tinha nenhuma doença séria, comprometedora. Porém já caducava e não se locomovia há muito tempo. O filho mais velho, querendo estar mais próximo do pai, na eventual passagem desta vida para a eternidade, mandou buscá-lo para poder dar a ele uma melhor assistência. Seu Nenen não vivia indo ao médico. Não precisou ir ao médico. Nunca foi internado. Morreu em paz, em um ambiente limpo, arejado, sem bagunça.

Seu filho mais velho tudo fez para que o seu pai tivesse um sepultamento digno. Providenciou a urna funerária e, à noite, a sentinela. Vieram seus vizinhos e alguns dos seus irmãos. Nem todos puderam vir. Distância e Compromissos.

No dia seguinte, 26 de julho de 2000, dia da festa litúrgica de Senhora Santa Ana e de São Joaquim, em sua residência, às 06:00 horas, a família e as pessoas que estavam na sentinela puderam participar da encomendação religiosa proferida pelo Pe. José Adauto de Alencar, Vigário da Paróquia da Sagrada Família, em Crato. O Pe. José Adauto, amigo e padrinho do filho mais velho, apresentou suas condolências à família e fez todas as orações em sufrágio da alma do senhor Nenen de Ana. Foi uma atenção generosa de sua parte, porque naquela data a cidade de Santana do Cariri estava em festa da padroeira. O seu vigário estava muito cansado e ocupado.

Quando a urna funerária chegou à Santana do Cariri, mais ou menos 08:00 horas, foi levada para o interior da Igreja e lá o seu filho mais velho fez umas curtas orações pedindo a Deus o descanso eterno da alma do seu pai e o consolo para a sua família, particularmente, para a sua mãe, que ficara viúva novamente.

Pelas ruas, a família, alguns conhecidos e alguns amigos acompanham a urna funerária do seu Nenen de Ana até a sua morada eterna. Aquele que estivera sempre ao lado do pai não deixou de segurar por um instante sequer a alça da urna funerária, desde a Igreja até o túmulo do seu pai. Tomou o cuidado de, enquanto conduzia o “caixão”, pelas ruas de Santana do Cariri, recitar com a participação do povo o terço de orações marianas.

“Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós. Amém”.
“Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”.
DA NECESSIDADE DE NOS ABRIRMOS À NECESSIDADE DE NOS DOARMOS

O nosso futuro é o resultado das escolhas que fazemos a cada momento de nossa vida. Certamente você não pretende ser rígido como o carvalho oco que tomba na tempestade. Você vai preferir, com certeza, ser flexível como o bambu que se curva sob a tempestade e sobrevive. Ninguém pode julgar os sentimentos humanos, mas pode oferecer aceitação e ajuda para que cada ser humano possa se conhecer e se querer bem. Quando alguém pede socorro a um profissional ou a um amigo, em geral, necessita simplesmente da oportunidade de se abrir, de falar. Uma pessoa bem “treinada” é alguém com quem você pode dividir seu sofrimento, sua vida, sua raiva, seu medo, suas lembranças dolorosas, sua culpa e seus conflitos. Saiba que quanto mais reprimimos os nossos sentimentos, nós menos energia temos para a própria identidade. Para nos realizarmos, para darmos sentido à nossa vida, necessitamos transcender-nos, ou seja, viver para algo além de nós mesmos, que nos ultrapassa e nos sublima, como lutar por um ideal ou entregar-se a uma causa ou, até, mesmo, a uma pessoa. Na verdade, as formas mais poderosas de “dar” são imateriais. As “doações” de carinho, atenção, afeto, apreço e amor são as mais preciosas e custam quase nada. Assim, quanto mais você dá, mais recebe, porque mantém a abundância do universo circulando em sua vida e na vida das outras pessoas.
(AUTOR ANÔNIMO).





Os nomes dos pais de Maria são conhecidos por intermédio do apócrifo “Proto-evangelho de Tiago” (séc. II). O culto de Sant´Ana é documentado no Oriente no séc. VI, no Ocidente no séc. X; o de São Joaquim no séc. XIV. No rito bizantino no dia 25 de julho se recorda a dedicação, em Constantinopla, de uma basílica em honra de Sant´Ana. (Missal Romano, São Paulo, Edições Paulinas, 1992, p. 621).

ORAÇÃO DO DIA

Senhor, Deus de nossos pais, que concedestes a São Joaquim e Sant´Ana a graça de darem a vida à Mãe do vosso Filho Jesus, fazei que, pela intercessão de ambos, alcancemos a salvação prometida a vosso povo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

26 DE JULHO – SANTA ANA E SÃO JOAQUIM

Na Sagrada Escritura conta-se que a mãe de Samuel, Ana, na aflição da esterilidade que lhe tirava o privilégio da maternidade, dirigiu-se com fervorosa oração ao Senhor e fez promessa de consagrar ao serviço de Deus o futuro filho. Obtida a graça, após ter dado à luz o pequeno Samuel, levou-o a Silo, onde estava guardada a arca da aliança e o confiou ao sacerdote Eli, após tê-lo oferecido ao Senhor. Tomando isso como ponto de partida o Proto-evangelho de Tiago, apócrifo do século segundo, traça a história de Joaquim e Ana, pais da Bem-aventurada Virgem Maria. A piedosa esposa de Joaquim, após longa esterilidade, obteve do Senhor, o nascimento de Maria, que aos três anos levou ao Templo, deixando-a ao serviço divino, cumprindo o voto feito.
O fundamento histórico provável, embora na discordante literatura apócrifa, é de algum modo revestido de elementos secundários, copiados da história da mãe de Samuel. Faltando no Evangelho qualquer menção dos pais de Nossa Senhora, não há outra fonte senão os apócrifos, nos quais não é possível encontrar, entre os predominantes elementos fantásticos, alguma informação autêntica, recolhida por antigas tradições orais. O culto para com os santos pais da Bem-aventurada Virgem é muito antigo, entre os gregos sobretudo. No Oriente venerava-se santa Ana no século VI, e tal devoção estendeu-se lentamente por todo o Ocidente a partir do século X até atingir o seu máximo desenvolvimento no século XV. Em 1584 foi instituída a festividade de santa Ana, enquanto são Joaquim era deixado discretamente de lado, talvez pela própria discordância sobre o seu nome que se revela em outros escritos apócrifos, posteriores ao Proto-evangelho de Tiago.
Além do nome de Joaquim, ao pai da Virgem Santíssima é dado o nome de Cléofas, de Sadoc e de Eli. Os dois santos eram comemorados separadamente: santa Ana a 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. Em 1584 também são Joaquim achou espaço no calendário litúrgico, primeiro a 20 de março, para passar ao domingo da oitava da Assunção em 1738, em seguida a 16 de agosto em 1913 e depois reunir-se com a santa esposa no novo calendário litúrgico, no dia 26 de julho. “Pelos frutos conhecereis a árvore,” disse Jesus no Evangelho. Nós conhecemos a flor e o fruto suavíssimo vindo da velha planta: a Virgem Imaculada, isenta do pecado de origem desde o primeiro instante de sua concepção, por um privilégio único, para ser depois o tabernáculo vivo do Deus feito homem. Pela santidade do fruto, Maria, deduzimos a santidade dos pais, Ana e Joaquim. (Um santo para cada dia, Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini, São Paulo, Edições Paulinas, 1983, p. 235).


ORAÇÃO A SANTA ANA

Senhor, Deus de nossos pais, que concedestes a Santa Ana a graça de dar a vida à Mãe do vosso Filho Jesus, olhai por todas as famílias que lutam para sobreviver e que se encontram em grandes dificuldades de relacionamento. Que os lares sejam lugares abençoados e plenos de acolhimento e de compreensão. Santa Ana, nossa padroeira, olhai pelas crianças, acompanhai os adolescentes e jovens, amparai os idosos e doentes de nossa sociedade. Que todas as pessoas possam contar sempre com as bênçãos de vossa proteção. Santa Ana, eu, ainda, vos peço, neste dia, uma graça especial para a minha vida. Santa Ana, rogai por nós! Amém.





CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA

Ó minha Senhora e, também, minha Mãe, eu me ofereço, inteiramente, todo a vós e, em prova da minha devoção, eu, hoje, vos dou meu coração. Consagro a vós meus olhos, meus ouvidos e minha boca. Tudo o que sou desejo que a vós pertença. Ó, incomparável, Mãe, guardai-me, defendei-me como "coisa" e "propriedade" vossa. Amém.

Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. Amém.

Você semeou bondade e alegria no meu caminho. Muito obrigado.

Minha foto
"Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz". (Madre Teresa de Calcutá). "No deserto do mundo, a única terra fértil é o coração do homem". (Dom Hélder Pessoa Câmara). "Deus emerge em cada experiência de fraternidade". (Teólogo Leonardo Boff).
MINHA ÁRVORE DE NATAL

Deus, quisera que neste natal eu pudesse armar uma árvore dentro do meu coração e nele pendurar, ao invés de presentes, os nomes de todos os meus amigos.

Os amigos de longe e os de perto, os antigos e os mais recentes, os que vejo diariamente e os que raramente encontro.

Os que são sempre lembrados e os que, às vezes, deixo esquecidos.

Os das horas difíceis e os das horas alegres e divertidas, os que sem querer me magoam e os que mesmo querendo.

Aqueles que conheço profundamente e os que eu conheço superficialmente, os que me devem pouco e os que eu devo demais.

Os que me incentivam, estimulam e me fazem crescer como ser humano.

Os que me admiram e me amam sem que eu perceba e os que eu admiro e estimo sem dar-lhes a entender.

Os mais jovens e os mais antigos, os mais humildes e os mais importantes.

Quisera, Deus, eu pudesse armar esta árvore com raízes bem profundas, para que seus nomes nunca fossem arrancados de minha vida.

Uma árvore de ramos extensos para que novos nomes vindos de todas as partes possam juntar-se aos já existentes.

Uma árvore de sombra agradável e bem frondosa, para que nossa amizade seja sempre de momentos de paz, alegrias, brilho, amor, certeza de sinceridade, confiança, prazer e momentos de repouso diante da luta do nosso dia-a-dia.
(AUTOR ANÔNIMO).

A VOCÊ, AMIGO(A), DESEJO UM SANTO NATAL E UM ABENÇOADO ANO NOVO, AO LADO DE QUEM VOCÊ AMA. LUTE. ESFORCE-SE PARA QUE O MUNDO SEJA MELHOR. CONTINUEMOS SEMPRE AMIGOS(AS).


SONETO A NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

1) Sou verdadeira mãe de um Deus que é filho,/ 2) e sou sua filha, ainda ao ser-lhe mãe;/ 3) Ele de eterno existe e é meu filho,/ 4) e eu nasci no tempo e sou sua mãe./ 5) Ele é meu Criador e é meu filho,/ 6) e eu sou sua criatura e sua mãe;/ 7) foi divinal prodígio ser meu filho,/ 8) um Deus eterno e ter a mim por mãe./ 9) O ser da mãe é quase o ser do filho,/ 10) visto que o filho deu o ser à mãe/ 11) e foi a mãe que deu o ser ao filho;/ 12) se, pois, do filho teve o ser a mãe,/ 13) ou há de se dizer manchado o filho/ 14) ou se dirá Imaculada a mãe./


Conta-se que o Papa Pio IX chorou, ao ler esse soneto que contém um profundíssimo argumento de razão em favor da Imaculada.


O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX, cercado de 53 cardeais, de 43 arcebispos, de 100 bispos e mais de 50.000 romeiros vindos de todas as partes do mundo, no dia 8 de dezembro de 1854.


Passados apenas 3 anos dessa solene proclamação, em 11 de agosto de 1858, Nossa Senhora dignou-se aparecer milagrosamente, quinze dias seguidos, perto da pequena cidade de Lourdes, na França, a uma pobre menina, de 13 anos de idade, chamada Bernadete. No dia 25 de março, Bernadete suplicou que Nossa Senhora lhe revelasse seu nome. Após três pedidos seguidos, Nossa Senhora lhe respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição".
(www.lepanto.com.br).


HOMENAGEM À PROFESSORA

Mensagem à professora. Vem cá, professora, preciso te falar. Pode ser que estejas cansada. Foram tantos os trabalhos corrigidos. Foi penoso o planejamento elaborado. Foram longas as horas de trabalho e pode ser que estejas preocupada. São tantas as diferenças na classe. São tantos os problemas de disciplina e grande a responsabilidade que a ti confiaram. E deves estar apressada. A escola fica longe. Tantas coisas por fazer em casa. Talvez estejas angustiada. A vida está tão cara, os tempos são difíceis, o salário já chegou ao fim. Deves estar desanimada. Mas, apesar do cansaço, da preocupação, da pressa, da angústia, do desânimo, eu insisto: preciso te falar. É preciso que me ouças. Trago-te tantos recados. Houve alguém que praticou uma boa ação e mandou dizer-te que foi porque teu exemplo o convenceu. Houve alguém que venceu na vida e mandou dizer-te que foi porque tuas lições permaneceram. Houve alguém que superou a dor e mandou dizer-te que foi a lembrança da tua coragem que o ajudou. Muita gente dessa cidade, desse estado, dessa pátria e do mundo inteiro, manda dizer-te que és importante, que o teu trabalho é nobre, que de ti nasce a razão do progresso, da união, da harmonia de um povo. E vai agora... Esquece o cansaço, a preocupação, a pressa, a angústia, o desânimo. Sorri. Sorri. Sorri.


HOMENAGEM AO PROFESSOR

Ao professor, com carinho. Mestre é aquele que caminha com o tempo, propondo paz, fazendo comunhão, despertando sabedoria. Mestre é aquele que estende a mão, inicia o diálogo e encaminha para a aventura da vida. Não é o que ensina fórmulas, regras, raciocínios, mas o que questiona e desperta para a realidade. Não é a aquele que dá de seu saber, mas aquele que faz germinar o saber do discípulo. Mestre é você, meu professor amigo que me compreende, me estimula, me comunica e me enriquece com sua presença, seu saber e sua ternura. Eu serei sempre um seu discípulo na escola da vida. Obrigado, professor!
(N. MACCARI).



Durante séculos a devoção a Nossa Senhora de Loreto se desenvolveu a partir de uma história que, embora fantástica em alguns aspectos, era propagada, relatada e chegou até nós.

A casa santa de Loreto sempre fora, no entanto, objeto de estudos. E foram esses estudos bem recentes que vieram revelar fatos novos que possibilitam a reconstituição da história do surgimento da santa casa de Loreto. O Santuário de Loreto, conforme uma antiga tradição, guarda a casa que morou Nossa Senhora, em Nazaré, na Galiléia.

A casa da Virgem Santíssima, naquela cidade, era composta de duas partes: uma gruta escavada na rocha, ainda hoje venerada na Basílica da Anunciação, em Nazaré, e a outra que era uma construção de pedras na frente da gruta. Consoante a tradição, em 1291, quando os cruzados foram expulsos da Palestina, após a queda do Porto de Acon, a parte construída com pedras foi transportada por meio dos anjos, primeiramente para a Híria e depois para o território lauretano (10 de dezembro de 1294). Atualmente, com base em novas indicações documentárias e nos resultados das escavações arqueológicas no subsolo da santa casa (1962-1965) e em estudos filológicos e iconográficos, se vai sempre mais consolidando a hipótese de que as pedras da santa casa foram trazidas em navios por iniciativa dos homens. De fato, um documento de setembro de 1294, descoberto recentemente, atesta que Nicéforo Ângelo, déspota do Epiro, dando sua filha Itamar como esposa a Filipe de Táranto, quarto filho de Carlos II de Angió, rei de Nápoles, entregou a ele uma série de dotes de casamento, entre os quais apareciam, com clara evidência, "as santas pedras da casa de Nossa Senhora, a Virgem Mãe de Deus, que foram trazidas para cá".

Este dado está de acordo com o que dizem alguns estudiosos do início deste século. Afirmam eles, com efeito, ter lido esta notícia em outros documentos do arquivo do Vaticano, presentemente desaparecidos. Neles se lia que uma família bizantina chamada “dos Anjos”, em latim, “De Angelis”, no século XII, salvou da destruição muçulmana as pedras da santa casa, de Nazaré, e as mandou trazer para Loreto a fim de construir aqui a capela.

Também alguns achados arqueológicos confirmam o documento de 1294. Foram encontradas debaixo da santa casa duas moedas de Guido de La Roche, duque de Atenas, de 1287 a 1308, época da transladação da santa casa. O duque era filho de Helena dos Anjos, prima de Itamar e vassalo de Filipe de Táranto. Além das moedas, numa parede da santa casa há uns rabiscos onde parece que se pode ler ATENEORUM, isto é, dos atenienses, com referência ao âmbito geográfico da família “dos Anjos”. E mais, uma moeda de Ladislau de Angió-Durazzo, bisneto de Filipe Táranto e rei de Nápoles, de 1386 a 1414, se achava na parede entre pedras juntamente com cinco pequenas cruzes de fazenda vermelha, distintivo dos cruzados ou, mais provavelmente, de cavaleiros de uma ordem militar que, na Idade Média, defendia os lugares santos e suas relíquias.

Encontravam-se, ainda, as cascas de um ovo de avestruz que lembra a Palestina e era símbolo do mistério da encarnação. De grande importância são igualmente certos grafitos rabiscados em algumas pedras da santa casa. Estes daqui se assemelham muito aos que foram encontrados também em Nazaré. Provavelmente do nome da família “dos Anjos” (DE ANGELIS), do Epiro, surgiu a versão popular de que a santa casa veio para cá mediante o "ministério angélico", isto é, transportada pelos anjos.


02 DE NOVEMBRO

A Igreja, desde os primeiros tempos, vem cultivando com grande piedade a memória dos defuntos e oferecendo por eles seus sufrágios (cf. LG 50). Nos ritos fúnebres a Igreja celebra com fé o mistério pascal, na certeza de que todos que se tornaram pelo Batismo membros do Cristo crucificado e ressuscitado, através da morte, passam com ele à vida sem fim (cf. Rito das Exéquias, 1).

A celebração da comemoração de todos os fiéis defuntos teve início, também em Roma, no séc. XIV. (Missal Romano, São Paulo, Edições Paulinas, 1982, p. 693).

Até quando o Senhor Jesus virá em sua glória, e, destruída a morte, ser-lhe-ão submetidas todas as coisas, alguns de seus discípulos são peregrinos na terra; outros, que passaram desta vida, estão se purificando; outros, enfim, gozam da glória, contemplando a Deus. Todos, porém, comungamos na mesma caridade de Deus. Portanto, a união daqueles que estão a caminho, com os irmãos falecidos, de maneira alguma se interrompe, antes vê-se fortalecida pela comunhão dos bens espirituais (cf. LG 49).

Oremos. Ó Deus, fizestes o vosso Filho único vencer a morte e subir ao céu. Concedei a vossos filhos e filhas superar a mortalidade desta vida e contemplar eternamente a vós, Criador e Redentor de todos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. (Missal Romano, São Paulo, Edições Paulinas, 1982, p. 695).