Indo e vindo. Trevas e luz. Tudo é graça. Deus nos conduz.
CRATO-CE, 3/30/2025
Leonardo Meira - da Redação.
Papa cumprimenta seminaristas: ''Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro''
O Papa Bento XVI enviou uma carta aos seminaristas do mundo todo nesta segunda-feira, 18, festa litúrgica de São Lucas. O texto segue na esteira das reflexões desenvolvidas ao longo do Ano Sacerdotal.
A missão sacerdotal "permanece grande e pura" e não pode ser desacreditada por quem não vive seu ministério de modo digno, evidencia o Pontífice.
Carta de Bento XVI aos seminaristas na conclusão do Ano Sacerdotal.
"O Seminário é uma comunidade que caminha para o serviço sacerdotal", afirma, indicando sete áreas que considera importantes de serem trabalhadas ao longo dos anos de formação.
1 - A relação pessoal com Deus em Jesus Cristo é o elemento mais importante no caminho para o sacerdócio e durante toda a vida sacerdotal. O Papa ressalta que o padre não é um administrador, mas "mensageiro de Deus no meio dos homens". Nesse sentido, aponta a necessidade de começar e acabar o dia em oração; ler a Bíblia e ter sempre a Deus diante dos olhos como ponto de referência para a vida;
2 - A participação ativa na celebração da Eucaristia deve estar no "centro de todos os dias". Por isso, é importante conhecer, compreender e amar a liturgia;
3 - O Sacramento da Penitência também é importante. "Ensina a olhar-me do ponto de vista de Deus e obriga-me a ser honesto comigo mesmo; leva-me à humildade", defende;
4 - "Mantende em vós também a sensibilidade pela piedade popular", orienta o Papa aos futuros presbíteros. "Excluí-la é completamente errado", complementa;
5 - O estudo é a dimensão salutar do tempo de Seminário. "A fé cristã possui uma dimensão racional e intelectual, que lhe é essencial. Sem tal dimensão, a fé deixaria de ser ela mesma". E faz um apelo: "Tudo o que vos peço insistentemente é isto: Estudai com empenho! Fazei render os anos do estudo! Não vos arrependereis".
Nesse aspecto, sublinha que é errado fazer-se imediatamente e sempre a pergunta: "Poderá isto servir-me no futuro? Terá utilidade prática, pastoral?". O Bispo de Roma explica que, no estudo, "não se trata apenas de aprender as coisas evidentemente úteis, mas de conhecer e compreender a estrutura interna da fé na sua totalidade, de modo que a mesma se torne resposta às questões dos homens, os quais, do ponto de vista exterior, mudam de geração em geração e todavia, no fundo, permanecem os mesmos".
Aí entra a importância de conhecer as questões essenciais da teologia moral, doutrina social católica, teologia ecumênica, orientações fundamentais sobre as grandes religiões, a filosofia e a compreensão do direito canônico, conforme elenca Bento XVI;
Papa aponta a necessidade de começar e acabar o dia em oração; ler a Bíblia e ter sempre a Deus diante dos olhos como ponto de referência para a vida.
6 - Os anos no Seminário devem ser também um tempo de maturação humana. "Faz parte deste contexto também a integração da sexualidade no conjunto da personalidade", alerta. Caso contrário, ela torna-se banal e destrutiva. O Papa recorda que, "recentemente, tivemos de constatar com grande mágoa que sacerdotes desfiguraram o seu ministério, abusando sexualmente de crianças e adolescentes".
Diante desse cenário, o Santo Padre indica que pode ter-se apresentado ao coração dos seminaristas a dúvida de se seria bom fazer-se sacerdotes, se o caminho do celibato seria sensato como vida humana. "Mas o abuso, que há que reprovar profundamente, não pode desacreditar a missão sacerdotal. [...] Entretanto o sucedido deve tornar-nos mais vigilantes e solícitos, levando precisamente a interrogarmo-nos cuidadosamente a nós mesmos diante de Deus ao longo do caminho rumo ao sacerdócio, para compreender se este constitui a sua vontade para mim. É função dos padres confessores e dos vossos superiores acompanhar-vos e ajudar-vos neste percurso de discernimento", ensina.
7 - A dimensão da universalidade da Igreja deve estar acima do pertencimento a determinadas formas de viver a fé. "Hoje, os princípios da vocação sacerdotal são mais variados e distintos do que nos anos passados. [...] Por isso mesmo, o Seminário é importante como comunidade em caminho que está acima das várias formas de espiritualidade. Os movimentos são uma realidade magnífica; sabeis quanto os aprecio e amo como dom do Espírito Santo à Igreja. Mas devem ser avaliados segundo o modo como todos se abrem à realidade católica comum, à vida da única e comum Igreja de Cristo que permanece uma só em toda a sua variedade", diz.
"O Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro". Aprender generosidade e tolerância, contribuindo com seus dons peculiares para o conjunto, pois todos servem à mesma Igreja e ao mesmo Senhor, é outro ponto fundamental.
Por fim, o Papa exclama:
"Queridos seminaristas! Com estas linhas, quis mostrar-vos quanto penso em vós precisamente nestes tempos difíceis e quanto estou unido convosco na oração".
Partilha: Logo ao início do texto, o Santo Padre partilha que, quando foi chamado ao serviço militar - em dezembro de 1944 -, o subtenente perguntou qual a profissão com que cada um sonhava para o futuro. "Respondi que queria tornar-me sacerdote católico. O subtenente replicou: Nesse caso, convém-lhe procurar outra coisa qualquer; na nova Alemanha, já não há necessidade de padres", conta.
O Pontífice ressalta que, nos dias de hoje, ainda que em um contexto diferente, muitos pensam que o sacerdócio católico não seja uma 'profissão' do futuro.
"Os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo. [...] Sempre que o homem deixa de ter a noção de Deus, a vida torna-se vazia; tudo é insuficiente. [...] Sim, tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã e sempre enquanto existir".
FONTE: CANÇÃO NOVA
O fundamento histórico provável, embora na discordante literatura apócrifa, é de algum modo revestido de elementos secundários, copiados da história da mãe de Samuel. Faltando no Evangelho qualquer menção dos pais de Nossa Senhora, não há outra fonte senão os apócrifos, nos quais não é possível encontrar, entre os predominantes elementos fantásticos, alguma informação autêntica, recolhida por antigas tradições orais. O culto para com os santos pais da Bem-aventurada Virgem é muito antigo, entre os gregos sobretudo. No Oriente venerava-se santa Ana no século VI, e tal devoção estendeu-se lentamente por todo o Ocidente a partir do século X até atingir o seu máximo desenvolvimento no século XV. Em 1584 foi instituída a festividade de santa Ana, enquanto são Joaquim era deixado discretamente de lado, talvez pela própria discordância sobre o seu nome que se revela em outros escritos apócrifos, posteriores ao Proto-evangelho de Tiago.
Além do nome de Joaquim, ao pai da Virgem Santíssima é dado o nome de Cléofas, de Sadoc e de Eli. Os dois santos eram comemorados separadamente: santa Ana a 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. Em 1584 também são Joaquim achou espaço no calendário litúrgico, primeiro a 20 de março, para passar ao domingo da oitava da Assunção em 1738, em seguida a 16 de agosto em 1913 e depois reunir-se com a santa esposa no novo calendário litúrgico, no dia 26 de julho. “Pelos frutos conhecereis a árvore,” disse Jesus no Evangelho. Nós conhecemos a flor e o fruto suavíssimo vindo da velha planta: a Virgem Imaculada, isenta do pecado de origem desde o primeiro instante de sua concepção, por um privilégio único, para ser depois o tabernáculo vivo do Deus feito homem. Pela santidade do fruto, Maria, deduzimos a santidade dos pais, Ana e Joaquim. (Um santo para cada dia, Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini, São Paulo, Edições Paulinas, 1983, p. 235).
ORAÇÃO A SANTA ANA
Você semeou bondade e alegria no meu caminho. Muito obrigado.

- Mazinho Dias
- "Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz". (Madre Teresa de Calcutá). "No deserto do mundo, a única terra fértil é o coração do homem". (Dom Hélder Pessoa Câmara). "Deus emerge em cada experiência de fraternidade". (Teólogo Leonardo Boff).
Os amigos de longe e os de perto, os antigos e os mais recentes, os que vejo diariamente e os que raramente encontro.
Os que são sempre lembrados e os que, às vezes, deixo esquecidos.
Os das horas difíceis e os das horas alegres e divertidas, os que sem querer me magoam e os que mesmo querendo.
Aqueles que conheço profundamente e os que eu conheço superficialmente, os que me devem pouco e os que eu devo demais.
Os que me incentivam, estimulam e me fazem crescer como ser humano.
Os que me admiram e me amam sem que eu perceba e os que eu admiro e estimo sem dar-lhes a entender.
Os mais jovens e os mais antigos, os mais humildes e os mais importantes.
Quisera, Deus, eu pudesse armar esta árvore com raízes bem profundas, para que seus nomes nunca fossem arrancados de minha vida.
Uma árvore de ramos extensos para que novos nomes vindos de todas as partes possam juntar-se aos já existentes.
Uma árvore de sombra agradável e bem frondosa, para que nossa amizade seja sempre de momentos de paz, alegrias, brilho, amor, certeza de sinceridade, confiança, prazer e momentos de repouso diante da luta do nosso dia-a-dia.
A casa santa de Loreto sempre fora, no entanto, objeto de estudos. E foram esses estudos bem recentes que vieram revelar fatos novos que possibilitam a reconstituição da história do surgimento da santa casa de Loreto. O Santuário de Loreto, conforme uma antiga tradição, guarda a casa que morou Nossa Senhora, em Nazaré, na Galiléia.
A casa da Virgem Santíssima, naquela cidade, era composta de duas partes: uma gruta escavada na rocha, ainda hoje venerada na Basílica da Anunciação, em Nazaré, e a outra que era uma construção de pedras na frente da gruta. Consoante a tradição, em 1291, quando os cruzados foram expulsos da Palestina, após a queda do Porto de Acon, a parte construída com pedras foi transportada por meio dos anjos, primeiramente para a Híria e depois para o território lauretano (10 de dezembro de 1294). Atualmente, com base em novas indicações documentárias e nos resultados das escavações arqueológicas no subsolo da santa casa (1962-1965) e em estudos filológicos e iconográficos, se vai sempre mais consolidando a hipótese de que as pedras da santa casa foram trazidas em navios por iniciativa dos homens. De fato, um documento de setembro de 1294, descoberto recentemente, atesta que Nicéforo Ângelo, déspota do Epiro, dando sua filha Itamar como esposa a Filipe de Táranto, quarto filho de Carlos II de Angió, rei de Nápoles, entregou a ele uma série de dotes de casamento, entre os quais apareciam, com clara evidência, "as santas pedras da casa de Nossa Senhora, a Virgem Mãe de Deus, que foram trazidas para cá".
Este dado está de acordo com o que dizem alguns estudiosos do início deste século. Afirmam eles, com efeito, ter lido esta notícia em outros documentos do arquivo do Vaticano, presentemente desaparecidos. Neles se lia que uma família bizantina chamada “dos Anjos”, em latim, “De Angelis”, no século XII, salvou da destruição muçulmana as pedras da santa casa, de Nazaré, e as mandou trazer para Loreto a fim de construir aqui a capela.
Também alguns achados arqueológicos confirmam o documento de 1294. Foram encontradas debaixo da santa casa duas moedas de Guido de La Roche, duque de Atenas, de 1287 a 1308, época da transladação da santa casa. O duque era filho de Helena dos Anjos, prima de Itamar e vassalo de Filipe de Táranto. Além das moedas, numa parede da santa casa há uns rabiscos onde parece que se pode ler ATENEORUM, isto é, dos atenienses, com referência ao âmbito geográfico da família “dos Anjos”. E mais, uma moeda de Ladislau de Angió-Durazzo, bisneto de Filipe Táranto e rei de Nápoles, de 1386 a 1414, se achava na parede entre pedras juntamente com cinco pequenas cruzes de fazenda vermelha, distintivo dos cruzados ou, mais provavelmente, de cavaleiros de uma ordem militar que, na Idade Média, defendia os lugares santos e suas relíquias.
Encontravam-se, ainda, as cascas de um ovo de avestruz que lembra a Palestina e era símbolo do mistério da encarnação. De grande importância são igualmente certos grafitos rabiscados em algumas pedras da santa casa. Estes daqui se assemelham muito aos que foram encontrados também em Nazaré. Provavelmente do nome da família “dos Anjos” (DE ANGELIS), do Epiro, surgiu a versão popular de que a santa casa veio para cá mediante o "ministério angélico", isto é, transportada pelos anjos.
A Igreja, desde os primeiros tempos, vem cultivando com grande piedade a memória dos defuntos e oferecendo por eles seus sufrágios (cf. LG 50). Nos ritos fúnebres a Igreja celebra com fé o mistério pascal, na certeza de que todos que se tornaram pelo Batismo membros do Cristo crucificado e ressuscitado, através da morte, passam com ele à vida sem fim (cf. Rito das Exéquias, 1).
A celebração da comemoração de todos os fiéis defuntos teve início, também em Roma, no séc. XIV. (Missal Romano, São Paulo, Edições Paulinas, 1982, p. 693).
Até quando o Senhor Jesus virá em sua glória, e, destruída a morte, ser-lhe-ão submetidas todas as coisas, alguns de seus discípulos são peregrinos na terra; outros, que passaram desta vida, estão se purificando; outros, enfim, gozam da glória, contemplando a Deus. Todos, porém, comungamos na mesma caridade de Deus. Portanto, a união daqueles que estão a caminho, com os irmãos falecidos, de maneira alguma se interrompe, antes vê-se fortalecida pela comunhão dos bens espirituais (cf. LG 49).
Oremos. Ó Deus, fizestes o vosso Filho único vencer a morte e subir ao céu. Concedei a vossos filhos e filhas superar a mortalidade desta vida e contemplar eternamente a vós, Criador e Redentor de todos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. (Missal Romano, São Paulo, Edições Paulinas, 1982, p. 695).